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Juliana Carrara
OAB/SP nº445854

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A importância da CNV (comunicação não violenta) no Direito das
Famílias e Sucessões

Toda a nossa vida acontece a partir do momento em que começamos a nos relacionar com outras pessoas, isso porque somos naturalmente seres que se comunicam, mas isso não significa que saibamos fazer isso da melhor forma. Poder aprender uma forma de expressar o que sentimos sem atingir o outro ou enxergar quais são as reais expectativas do próximo sem impor nossas vontades é algo que pode ser treinado, aperfeiçoado e colocado em prática em todas as áreas da nossa vida. Ter essa capacidade é o que nos distingue dos outros seres vivos, tendo em vista que a comunicação é algo comum entre todos, mas a capacidade de considerar o que o outro quer dizer utilizando a empatia e compaixão é algo que apenas a capacidade humana consegue alcançar.

A CNV (comunicação não-violenta) surge, essencialmente, com o objetivo de buscar essa compreensão de que somos seres emocionais, mas capazes de nos expressar com empatia e racionalidade, respeitando e buscando observar a realidade sem julgar. Quem deu início aos principais estudos sobre esse tema foi o psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg e seu trabalho inspirou líderes de todo o mundo, que passaram a aplicar a CNV nos negócios, em questões políticas e até mesmo na vida pessoal.

No direito das famílias e sucessões o conhecimento acerca do que é e como funcionam as técnicas da CNV se torna fundamental, tendo em vista que os problemas derivados de relações familiares, muitas vezes, derivam de uma comunicação agressiva. Então, o advogado que tiver conhecimento dos ensinamentos de Rosenberg, saberá manter um olhar neutro e atento, sem julgamentos, buscando descobrir quais os reais interesses do cliente e o momento certo de expor a opinião dele como profissional.

Por meio das técnicas existentes para aplicar a CNV é possível não apenas resolver conflitos já existentes, mas evitar que eles surjam, pois através delas passamos a agir de forma consciente e não automática, retirando o olhar julgador e a imposição de nossas próprias vontades do cenário. A prática da comunicação não- violenta ensina especialmente a ouvir, pois nos dias atuais as pessoas estão muito acostumadas a falar, criticar e julgar sem nem terminar de escutar o que o outro tem

 a dizer. Isso tem uma explicação e está intimamente ligada as bases educacionais, culturais e morais que cada um teve, pois, a partir delas estabelecemos, mesmo inconscientemente, padrões a respeito do que é certo, errado, o que deve ser elogiado e o que deve ser punido e julgado.

Para facilitar esse processo de comunicação, Marshall identificou quatro passos importantes para diminuir a posição defensiva e julgadora, criando assim um ambiente receptivo aos outros. Esses passos consistem em observar a realidade de forma não taxativa, reconhecer quais sentimentos fazem parte dessa realidade, perceber as necessidades que quer ver atendidas e, finalmente, conseguir dizer o que gostaria que acontecesse. Seguir esses passos fará com que a comunicação tenha menos obstáculos e agressões.

Os problemas desencadeados de relacionamentos familiares frustrados ocorre, majoritariamente, por causa de respostas individuais com olhares limitados às próprias vontades, baseadas em julgamentos pré definidos que acabam transformando a comunicação em uma mensagem violenta, obscurecendo os reais incômodos e vontades das pessoas simplesmente pela maneira errada que se manifestaram.

Por esses e outros motivos se torna tão importante a utilização da CNV no ambiente jurídico, principalmente na área de direito das famílias e sucessões, área que está intimamente ligada a cenários comunicativos que deram errado. Quando os profissionais do direito possuem essa consciência é possível que as partes alcancem um sentimento de respeito e empatia, facilitando a conciliação ou a aplicação de outras práticas consensuais de resolução dos conflitos.

Ninguém gosta de viver em atrito com os outros, muitas vezes o comportamento agressivo e a dificuldade de se comunicar de forma não-violenta é porque a pessoa carrega, por trás de toda sua agressividade, sentimentos ruins como ressentimento, raiva, medo. Algumas pessoas buscam um advogado com o intuito de começar um duelo sem fim, mas quando o profissional utiliza ferramentas como a CNV, é possível até mesmo evitar um litigio desnecessário, identificando o que de fato está gerando conflitos e caminhando para uma discussão saudável e pautada no respeito e empatia. Quem se dispõe a utilizar a CNV em seus atendimentos sabe que o principal objetivo é fortalecer vínculos, não rompê-los, e se tratando de direito das famílias e sucessões isso é fundamental.

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